4 de outubro de 2019

DES-ESPERAR

DES-ESPERAR

Ela chegou de leve
Me acariciou as costas
Permiti que entrasse comigo
“prazer, Desesperança”
Disse ela, um pouco acanhada

Achei que vinha para me abater
E até comecei este movimento
Mas ela me parou
Riu na minha cara
tão espontânea
que não pude deixar de escutar
“É isso, é isso, é isso.”
Antecipando o que eu estava
por compreender

Atordoado, perguntei
Então sou livre,
posso viver?
Ela gargalhava!
“É isso, é isso, é isso.”

E se despediu,
“Quando morre a esperança,
nasce você!”
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